eis que chega a morte, amigo
e eu nem pude dizer adeus
ou saber quais as quimeras
que levaste contigo
ventre de mundos outros que eras
eis que nos afaga a morte, amigo
sabedora dos nossos medos e agonias
tão indócil, arredia e desapegada
porque guardadora de memórias
porque permanência e não despedida
eis que nos revela a morte, amigo
frágeis
solitários
filhos desnudos
de deus alguma morte não nos pertence, amigo